CADÊ A VERDADE, VEREADOR JÚNIOR VENDEMIATTI? - perguntara MILTON SERAFIM, há algum tempo. Hoje, ambos são aliados políticos. Mais um episódio da orgia político partidária comum no Brasil. Infelizmente.
A classe política está cada vez mais desgastada no país. O povo assiste, a cada dia, a novos episódios de escândalo, tramóias e escusas articulações nos bastidores do poder. O desinteresse pela política, por parte da população, é fruto da podridão do meio, e serve para tornar os principais personagens desta lambança ainda mais ‘intocáveis’ e ‘inacessíveis’.
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Dignidade, bom senso e vergonha na cara são adjetivos que, nas famílias de bem e estruturadas, são passados de pais para filhos. Diga-se de passagem, estão cada vez mais escassos na política.
Políticos corruptos, safados e fingidos desenvolvem, com o tempo, habilidades de coerção popular repletas de técnicas, que estão sendo sempre aprimoradas. Habitualmente, têm boa oratória; falam em demasia o nome de Deus; criam inimigos fictícios e mantêm, regado a muito dinheiro público, um exército de aduladores e defensores que subestimam a própria inteligência em subserviência ao paraninfo econômico.
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Dois episódios, de distintas proporções, merecem um especial chamado. Primeiro, o caso do governador Arruda. O castelo de areia construído sobre a confiança na impunidade imperativa no país ruiu, levando para a cadeia, pela primeira vez na história, um governador de estado. As razões são semelhantes àquelas que também mandaram à prisão o atual prefeito de Vinhedo, Milton Serafim.
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Outro episódio é o flerte antigo do vereador Júnior Vendemiatti (PPS) com o próprio Milton Serafim (PTB), que resultou em ‘namoro’, ‘casamento’ e até ‘lua de mel’ em badaladas cidades. Como político, Vendemiatti tem total e absoluta liberdade para integrar o grupo que melhor lhe encaixar, dentro de um parâmetro ideológico e doutrinário.
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Como pessoa, Júnior traiu à imagem de sua consciência; consciência que, pelo menos, tentava transparecer ter. Não traiu porque abandonou o colorido partidário de Kalu Donato para adentrar às fileiras de Serafim. Traiu porque chamou o senhor Milton Álvaro Serafim, de 60 anos, de “Hugo Chavez”, de ditador e de outros adjetivos; agora, com a indicação de sua irmã, Claudinéia Vendemiatti, à secretaria de Promoção Social, curiosamente passou a votar a favor da base governista no Parlamento, e a ser favorável às ações do governo.
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Senhor Júnior Vendemiatti, seja feliz em suas novas convicções. Se Vossa Excelência deseja deixar um legado aos correligionários, aos seus descendentes, saiba que eles provavelmente saberão que: como vereador, levastes para o plano familiar um entrave político com Márcio Melle; apresentastes comportamento e opiniões com “data de validade” que expiram de acordo com suas conveniências; aceitastes, ao ‘pular’ à base governista, a acusação feita por Melle de que desejaria um “encontro a sós” com o prefeito.
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Vou além: se Vossa Excelência quiser demonstrar, ainda, estar “pegando o jeito” desta nova maneira de fazer política ao qual estás adentrando, vá aos meios de comunicação e clame pelo nome de Deus. Faça ecoar alto suas filiações religiosas e tome isso como “manto de proteção” às consequências que virão, derivadas de suas decisões.
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Ande de cabeça erguida pelas ruas, e faça questão de cumprimentar cada cidadão que se solidarizou com Vossa Excelência quando o prefeito Milton Serafim, em carta aberta, o atacou, dentre outras coisas, taxando-o de “moleque”. Estes cidadãos, afinal, não hesitarão em lhe levantar a mão. Hoje, passados os meses necessários para o cumprimento do dito popular “o tempo é o senhor do destino”, estes sabem que, do alto de seus erros, Serafim estava certo: és um moleque. Aceitastes a pencha de moleque ao afileirar-se ao prefeito.
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Repito: seja feliz! Afinal, a própria Bíblia enfatiza que o joio deve ser, sempre, bem separado do trigo. O tapa que destes na dignidade ficará para sempre registrado na história da política vinhedense. Apesar que isto não lhe importa.