O STF aplicou, na tarde desta quarta-feira, um dos mais duros golpes à comunicação. O fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão pode ser interpretado como um desestímulo ao estudo, à carreira e à informação desvinculada de qualquer interesse.
E, não reste dúvidas, há interesses a curto, médio e longo prazo em tal medida. Primeiro, aos "grandões do poder", a desinformação é conveniente. Só assim, Sarneys poderão empregar sua cria maldita no poder, Lulas poderão concorrer a um terceiro, quarto, quinto mandato, deputados poderão presentear amigos com passagem, às custas do povo, e só assim, poderá ser manipulada toda uma realidade de pobreza e necessidade com a divulgação de restritas obras sensacionalistas do Governo, que atingem uma porcentagem ínfima da população.
De fato, o jornalismo está mais para o "comunicador nato" do que para o jornalista formado. Isto não explica, porém, o fim da exigência do MTB. Seria mais viável a concessão do registro aos possuidores de "talento nato" através de uma prova específica e da comprovação de experiência do que a inexistência da necessidade da faculdade para o exercício da profissão.
Sem a obrigatoriedade do diploma, os jovens que sonham uma carreira na Comunicação não precisarão passar mais pelo crivo da faculdade. Assim, estarão desprovidos de disciplinas paralelas importantes, como a ética.
E é exatamente aí que os "grandões" querem chegar. Sem ética, o cidadão se torna mais vulnerável às pressões, menos valorizador de detalhes importantes que envolvem seu cotidiano, mais "vendável", mais mercenário, menos idealista...
Os mesmos grandões que estão, agora, felizes pelo desestímulo à informação, são aqueles de quem o Brasil muito se envergonha, apesar de isto nada importar à trupe do mal. Um Senado caótico, antro da corrupção, falcatruas; uma Câmara perdida, dilacerada pela sobressalência de interesses individualistas; um Executivo extremamente comprometido a estes interesses, marcado pelos mais incríveis casos de corrupção, e pelas mais esdrúxulas tentativas de acobertamento dos mesmos; e por um Judiciário que mais parece um balcão de negócios: "o preço por tal sentença é X".
Sim, senhores e senhoras. É Gilmar Mendes, o glorioso ministro com cara de bolacha estragada que soltou Dantas duas vezes (e soltará quantas mais for preciso), que soltou Marcos Valério, que soltou os deputados acusados de homicídio, que despachou de madrugada para a soltura de diversos outros envolvidos em crime político, foi este Gilmar Mendes um dos defensores piloto do fim da exigência do diploma.
Sejamos jornalistas por ideais, por compatibilidade e por caráter.
Descartemos de nosso meio pseudo-comunicadores que, à frente de veículos, manipulem a informação de acordo com seu interesse, "coçando" e satirizando as necessidades da população, faltando com a ética ao tentar menosprezar a produção informativa de outros veículos e permitindo, pela ausência de caráter, que governantes se "lixem" para o que pensa e necessita o povo.
E, que estes vermes, que ainda circulam pelas nossas cidades, mesmo empesteados de processos e livres por força de uma coleção de habeas-corpus, se juntem, num futuro próximo, a Gilmares Mendes e demais aproveitadores em um final que a Bíblia os reserva: O FOGO ETERNO!
Sejamos heróis como a história mostra que já fomos. Submersa em uma aparente turbulência, está uma grande vitória.
Lúcio Henrique Borges
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2 comentários:
Lucio é o fim do jornalismo.
Esse país definitivamente não tem jeito, estamos no caos, só com uma guerra, uma revolução para acabar com todas essas pragas que nos envergonham.
Tudo besteira...
Defendendo a sua sem convencer...
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